Quando abordei a importância do pet pisar na grama/terra na postagem anterior algumas pessoas comentaram que não passeiam com seus peludos por medo de que peguem pulgas ou carrapatos. Meu modo de pensar, agir e criar minhas cachorras “naturalista” e holístico/integrativo me faz enxergar pulgas e carrapatos como algo que eventualmente faz parte de brincadeiras ao ar livre – e até de ter um cãozinho. O que não quer dizer que devemos expôr nossos pets a riscos sem algum tipo de proteção.
As opções convencionais contra pulgas e carrapatos vocês já conhecem. A vet do seu pet em algum momento deve ter indicado pipetas de aplicação tópica ou comprimidos para dar por via oral que previnem e combatem essas praguinhas. Pessoalmente falando, evito o máximo que posso aplicar esse tipo de produto com potencial tóxico nas minhas peludas e em geral recomendo a mesma cautela aos meus clientes.
Em 2018, o órgão FDA nos Estados Unidos (US Food and Drug Administration) publicou um alerta a tutores de pets e veterinários informando que produtos anti-pulgas/carrapatos contendo o inseticida químico Isoxazolina têm potencial neurotóxico. Isso, porque uma parcela de cães e gatos que recebeu esses produtos apresentou tremores musculares, ataxia (perda da coordenação motora) e convulsões. Na rotina clínica observo com alguma frequência outras reações a esses produtos: alergia no local de aplicação, vômito e alterações nas taxas de marcadores de saúde hepática.
Me preocupa que estejamos – com a melhor das intenções – intoxicando nossos peludos com químicos em demasia, advindos dos alimentos (agrotóxicos, toxinas), anti-pulgas à base de inseticidas, vermífugos e vacinas administrados arbitrariamente, brinquedos plásticos, abuso de medicamentos imunossupressores e antimicrobianos etc etc.
Tenho três cadelas (de 10, 13 e quase 16 anos), que frequentam praças, parques e hoteis para cães regularmente. Há pelo menos 5 anos não vejo necessidade de aplicar produtos convencionais contra pulgas e carrapatos nelas. Quero dividir com vocês o que venho usando nelas com sucesso e que me permitiu abolir (ou ao menos reduzir bem) a aplicação de anti-pulgas/carrapatos convencionais. Não se trata de publipost, postagem patrocinada, espaço de publicidade, nada disso. Não recebi nem um centavo das marcas que cito nessa postagem. São as medidas que eu tomo aqui em casa e que estou compartilhando com vocês. Anotem aí:
- O fitoterápico “Óleo de neem”, marca Repel neem , diluído conforme a orientação do fabricante e borrifado na pele e pelagem 2-3x por semana e sempre antes de uma trilha. Também adiciono óleo de neem ao shampoo delas ou uso shampoo com óleo de neem, deixando agir por 5-10 minutos na pelagem antes de enxaguar.
- Homeopático “Fator Ecto-Cão“, marca Arenales: administro 5 glóbulos 1-2x ao dia a cada peluda no alimento.
- Homeopático “Fator P&P“, marca Arenales: administro 5 glóbulos 1-2x ao dia a cada peluda no alimento.
Geralmente utilizo os três produtos simultaneamente, mas durante os meses mais frios e secos, quando a proliferação de pulgas e carrapatos no ambiente é menor, escolho somente o neem ou somente os homeopáticos. O neem não deve ser ingerido por cadelas prenhes e há alguns cães alérgicos a essa planta. Pingue 1 gota na virilha do pet e aguarde 24h. Se não tiver aparecido reação (vermelhidão, urticária) seu peludo não deve ser alérgico ao neem. Em relação aos homeopáticos é importante lembrar para guardar os frascos longe de aparelhos que emitem radiação, como celulares, modem, micro-ondas etc. (Como sempre acontece com minhas postagens, não recebi nenhuma compensação financeira para falar sobre esses produtos.)
Além da utilização desses itens, mantenho a imunidade das minhas cachorras lá em cima, proporcionando há 11 anos Alimentação Natural (são adeptas da modalidade crua com ossos), atividade física diária, manutenção do peso enxuto e tratamentos naturais e atóxicos sempre que possível e indicado. Há uma variedade de produtos naturais interessantes no mercado com finalidade de evitar pulgas e carrapatos. Esses acima são os que eu utilizo. O mais indicado é sempre avaliar caso a caso. Não sou contra a utilização pontual e estratégica dos produtos convencionais quando necessários ou quando as medidas naturais não seguram a onda sozinhas. Bom senso, sempre! 😉
Comunicado do site Cachorro Verde
As informações divulgadas em nossas postagens possuem caráter exclusivamente educativo e não substituem as recomendações do médico-veterinário do seu cão ou gato. Por questões ético-profissionais, a Dra. Sylvia Angélico não pode responder certas dúvidas específicas sobre questões médicas do seu animal ou fazer recomendações para seu pet fora do âmbito de uma consulta personalizada. Protocolos de tratamento devem sempre ser elaborados e acompanhados pelo médico-veterinário de sua confiança.
Obrigada por acompanhar os canais do Cachorro Verde!