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salsicha

Já tecemos comparações nutricionais entre a castanha do Pará e o blanquet de peru; e entre a maçã e o pãozinho francês. Agora é hora de revelar o que têm a oferecer dois populares petiscos caninos: a cenoura e a salsicha. Tudo em nome de te ajudar a enriquecer o cardápio do seu peludo com gostosuras benéficas à saúde – e alertar sobre quitutes que de inocentes não têm nada.

Cenoura – amiga do intestino, dos olhos e da imunidade

Uma cenoura crua de 60g concentra 5 gramas de fibras, que combatem o colesterol, triglicérides e o câncer de cólon. Também fornece dois fitonutrientes – o falcarinol e o falcarindiol – capazes de inibirem o crescimento de células de câncer no cólon de acordo com um estudo holandês. Quer mais? São nada menos que 30.000UI do super antioxidante vitamina A em apenas uma unidade. Ponto para a imunidade e pele!
Graças à tríade vitamina A-luteína-zeaxantina, comer cenoura duas vezes na semana diminui o risco de glaucoma, segundo um trabalho feito na Califórnia. Para completar, é boa fonte de biotina, vitamina K, molibdênio, potássio, vitamina B6 e vitamina C. E não faz feio quanto aos teores de manganês, niacina, vitamina B1, ácido pantotênico, fósforo, folato, cobre, vitamina E e vitamina B2.
Para seu peludo aproveitar de fato os benefícios da cenoura, triture-a crua ou sirva-a cozida – do contrário, pedaços maldigeridos sairão nas fezes. Arremate com um fio de azeite ou de óleo de coco para turbinar a assimilação dos nutrientes. Entre as refeições, contanto, sirvo cenoura crua aos meus cães; em naco grande ou inteira. É verdade que dessa forma os elementos da cenoura não são muito bem assimilados, mas roer cenoura crua fortalece a mandíbulas e limpa os dentes. Ah, e é normal é cocô sair meio alaranjado com o consumo de cenoura.

Salsicha – irresistível, mas perigosa

Todo cachorro é louco por salsicha. Mas a queridinha dos adestradores e handlers merece alertas. Um estudo sueco recente acompanhou meio milhão de pessoas em 10 países europeus e concluiu que o consumo regular de carnes processadas aumenta o risco de morte precoce. Outra pesquisa, da World Cancer Research Fund, determinou que comer embutidos sobe para 20% o risco total de câncer e em até 59% a ameaça de câncer de bexiga. Embutidos como a salsicha também apresentam alto teor de sódio, patrocinador de hipertensão, e corantes que podem causar alergias e gastrite. O nitrato e nitrito, que garantem a longa vida da salsicha, são convertidos no organismo em n-nitroso, um elemento potencialmente cancerígeno. O controverso realçador de sabor glutamato monossódico, proibido em alguns países, é acusado de predispor a dificuldades de aprendizado, Mal de Alzheimer, Parkinson e, sim, câncer. Isso sem falar na matéria-prima pra lá de questionável de grande parte das salsichas…

É claro que um pedacinho dela, vez ou outra, não põe em risco a saúde do peludo. Mas, para o pet consumidor frequente de salsichas (ou de qualquer outro embutido) convém seriamente repensar o lanchinho…