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Frutas cítricas são proibidas para cães: mito ou verdade?

Vira e mexe alguém compartilha alguma postagem informando quais são os alimentos prejudiciais à saúde dos pets – e as frutas cítricas inevitavelmente aparecem citadas. Mas existe algum fundo de verdade nessa advertência? Por que será que frutas cítricas podem ser consumidas por crianças pequenas, mas dizem que devemos evitá-la para nossos peludos?

Vamos aos fatos. O pH do suco gástrico do ser humano é de 2.0 a 3.5. E o do cão? Pasme: 1.0 a 2.0! Ou seja; muito mais ácido que o nosso. Isso, porque além de precisarem dessa acidez para digerir proteína os cães dependem dela para destruir bactérias nocivas que eles ingerem diariamente aos bilhões ao comerem carnes cruas, lamberem as patas e as partes íntimas, cheirarem cocô de pertinho, fuçarem terra, lixo etc.

A única fruta cujo pH se aproxima do pH do suco gástrico canino é o limão, com pH de 1.8. E o pH da laranja você sabe qual é? E o da maçã? Pois veja só. A laranja tem pH de 3.9, enquanto a maçã, fruta amplamente recomendada e bem tolerada pelos pets, tem pH médio de 3.0! E o abacaxi? Tem pH de 3.2 a 4.0! E o tomate, quem diria, tem pH que varia entre 4.3 e 4.9. A fonte dessas informações, pra quem quiser conhecer o pH de outros vegetais, é esse material aqui.

Moral da história: cães saudáveis possuem um pH gástrico incrivelmente ácido que tira de letra a digestão de frutas ácidas. E algumas frutas que você consideraria excessivamente ácidas nem são tão ácidas assim. Pedaços de frutas cítricas são geralmente seguras a peludos saudáveis, devendo ser evitadas para pets com gastrite (vômito, inapetência crônica) e para todo cão que demonstrar alguma intolerância individual, vomitando após a ingestão, por exemplo. E, claro, sempre com moderação, para não abusar da frutose (açúcar) e não desequilibrar a dieta do pet. #cachorroverde 😉