A edição de dezembro da revista Super Interessante trouxe uma matéria estarrecedora sobre uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras (leia uma parte aqui:http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/qual-a-quantidade-que-cada-pessoa-pode-consumir-de-agrotoxico/). Alguns dados alarmantes:
* O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos já banidos em outros países (dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva).
* Dos 50 produtos mais utilizados nas lavouras brasileiras, 22 são proibidos na União Europeia.
* Existem no nosso país mais de 1.640 agrotóxicos registrados para uso. Muitos deles estão associados a doenças no fígado, sistema reprodutor, neurológico, imunológico, endócrino e ao câncer.
Enquanto o cenário não melhora por aqui, sugiro algumas maneiras de driblar os agrotóxicos:
* Sempre que possível compre alimentos certificados como orgânicos. Mais caros, sim, mas em geral valem o investimento e costumam ser mais saborosos. Também são muito mais justos com a cadeia produtiva e com o meio ambiente. (Descubra onde encontrar alimentos orgânicos pertinho de você.)
* Quando comprar somente orgânicos for inviável, dê preferência à versão orgânica dos alimentos mais frequentemente contaminados por pesticidas e herbicidas, como pepino, tomate, mamão, cenoura, pimentão e morango.
* Lave sempre muito bem os vegetais antes de prepará-los. Esse cuidado remove os agrotóxicos “de contato”. Ao contrário do que muita gente pensa, o uso de soluções à base de hipoclorito de sódio destrói as bactérias, mas não reduz a concentração das toxinas (ANVISA).
* Na hora de comprar vegetais não orgânicos dê preferência a alimentos da estação. Confira essa tabela bacana. Agora, por exemplo, é época de repolho roxo, alface, abacaxi, quiabo, tomate e banana. Alimentos da estação concentram mais nutrientes e seu cultivo exige menos químicos. Comer sazonalmente é estar alinhado ao relógio biológico da natureza! 😉